Você se reconheceu em alguma palavra até aqui? Sinto dizer, é a vida. Mas como o mundo dá voltas e um dia é da caça e outro do caçador (oba!), certa hora todo esse material maravilhoso que você é se depara com uma pessoa incrível que te faz acreditar que o amor não é marketing, nem invenção de Shakespeare. É você se sente abençoada, agradeçe aos céus por achar um cara tão sensível e vocês vivem felizes pra sempre. Felizes e apaixonados até constatarem o óbvio: Ninguém é perfeito. Ai meu bem, começa outro discurso. Nem melhor e nem pior, mas diferente. É sente falta das suas amigas e das noites divertidas e vazias que vocês passavam (lógico que não eram vazias, vocês tinham umas ás outras!), sente falta de não ter pra quem ligar e dar explicação de onde você estava e pior: começa a achar graça naquele cara que você nunca achou a menor graça. Mentira minha? Pois é. Solteiros, casados, juntados, a questão não é o estado civil mas a sensação que volta e meia volta: nunca estamos satisfeitos. A vida é feita de escolhas e em cada escolha há uma perda. E perder dói.
Se você se sente plenamente realizado todos os dias com alguém que você convive há muito tempo (namoros a distância e paixões tumultuadas não estão em questão). Parabéns, eu não conheço ninguém igual à você. Porque não é facil ficar sozinha, não é facil viver com alguém, mesmo que seja o grande amor da sua vida. Conviver é uma arte complicada: haja tolerância, paciência e jogo de cintura para aguentar nosso defeitos e os do outro. Viver sozinho também não é mole: haja sabedoria para estar só e se sentir sempre em paz. Mas como nada é perfeito, penso que a única saída é aproveitar cada momento (independente do estado civil que você se encontra) e aceitar a realidade como um presente. Porque perfeito mesmo só imperfeição. Que faz ter sentido até o que não se explica.
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